A Menopausa é a fase da vida da mulher que ocorre quando os ovários deixam de ser funcionais e tem como consequência mais marcante a paragem definitiva da menstruação. Diagnostica-se após um ano de ausência de menstruação (amenorreia) na mulher entre os 45 – 55 anos desde que não haja outra causa suspeita e demonstrável para este fenómeno.
A menopausa ocorre naturalmente por volta dos 51 anos, na vida da maior parte das mulheres.
Os estrogénios são muito importantes
no equilíbrio físico e também psicológico da mulher porque existem recetores de estrogénios na maioria dos órgãos, compreendendo-se que a sua redução acentuada traga alguns sintomas imediatos e outros mais tardios.
A menopausa é um processo fisiológico normal da vida da mulher, mas pode ter consequências com forte impacto na qualidade de vida: calores, afrontamentos, insónias, transpiração excessiva, irritabilidade, perda de capacidade de iniciativa, etc. A expressão destes sintomas e perturbações é variável de mulher para mulher.
Estima-se que mais de 75% das mulheres sejam afetadas pelos sintomas da menopausa.
As consequências mais tardias são silenciosas, mas não menos importantes, como por exemplo: a osteoporose, as doenças cardiovasculares e as doenças cerebrais. Estas perturbações não se devem apenas à falta de estrogénios, que caracteriza a menopausa, mas estão associadas a hábitos alimentares e comportamentais e ao envelhecimento.
Mais de 2,8 milhões de mulheres portuguesas estão na perimenopausa/menopausa.
A menopausa ocorre, em média, por volta dos 51 anos de idade.
Procure informar-se e consulte o seu médico para esclarecer
todas as suas dúvidas e para que a possa aconselhar sobre as
medidas mais importantes a tomar nesta fase da vida.
Como saber se está na perimenopausa ou na menopausa.
O que é a perimenopausa?
A perimenopausa é o período de tempo em que o ovário
perde progressivamente a sua capacidade de produção
hormonal até 1 ano após a menopausa. A mulher pode
notar o início da perimenopausa quando os ciclos se
tornam mais curtos e depois se tornam progressivamente
mais longos e irregulares.
As alterações do ciclo menstrual, podem iniciar-se 4 a 8
anos antes da menopausa, existindo inicialmente
encurtamento da periodicidade e a menstruação difere do
padrão habitual no que respeita à duração e quantidade de
fluxo. Mais tardiamente, a maior frequência de ciclos
anovulatórios (o ciclo anovulatório é um ciclo menstrual
caracterizado pela ausência de ovulação) introduz uma
tendência para aumento da duração dos ciclos, ausência de
menstruação e frequentemente um padrão de hemorragia uterina anormal, Durante esta fase, apesar de diminuída, a
fertilidade das mulheres mantém-se. Até 25% dos ciclos
podem ser ovulatórios, pelo que é importante a
manutenção de uma contraceção adequada.
SINTOMAS VASOMOTORES
(afrontamentos e suores noturnos)
São os sintomas mais perturbadores e que mais interferem na qualidade de vida da mulher. Começam na fase de transição para a menopausa e podem manter-se por largos anos. Afetam mais de 70% das mulheres na pós-menopausa, sendo muito marcados em cerca de 30% dos casos.
Caracterizam-se por uma sensação súbita de calor na parte superior do tronco, pescoço e face, com a duração de 2 a 4 minutos, associada frequentemente a transpiração intensa e, por vezes, a palpitações, seguida de calafrios, tremores e sensação de ansiedade. Surgem normalmente à noite, mas podem ocorrer em qualquer circunstância, sendo frequentemente desencadeados por situações inesperadas do dia a dia e/ou de stress. A frequência e duração destes sintomas é variável, no entanto, podem surgir até 20 vezes por dia, mantendo-se em média durante 7 a 10 anos, sendo que cerca de 10% das mulheres podem apresentar os sintomas por mais de 12 anos.
ALTERAÇÕES COGNITIVAS E DE HUMOR
Dificuldades na concentração, memória e fluência verbal ocorrem com mais frequência na menopausa. Os estados de ansiedade e depressão tendem, igualmente, a ocorrer mais facilmente ou a agravarem-se. Estes aspetos podem assumir maior impacto pelo facto de ocorrerem frequentemente eventos sociais e emocionais durante a menopausa, tais como: dificuldades relacionais do casal, filhos…
PERTURBAÇÕES DO SONO
O sono deteriora-se com a idade. São mais frequentes as dificuldades em iniciar e manter o sono, e a sensação de que o sono não é tão reparador como era anteriormente. Desperta-se mais cedo e acorda-se frequentemente durante a noite. A insónia é mais frequentemente referida pela mulher na pós-menopausa em comparação com as mulheres pré-menopáusicas.
SÍNDROME GENITURINÁRIA DA MENOPAUSA/ATROFIA
VULVOVAGINAL
Trata-se de um conjunto de sintomas e sinais associados à baixa de estrogénios e outras hormonas, próprio da pós-menopausa. São alterações dos grandes e pequenos lábios, clitóris, vestíbulo/introito, vagina, uretra e bexiga. Poderão ser secura, ardor e irritação local, perturbações no desempenho sexual por ausência de lubrificação, desconforto ou dor nas relações sexuais. Pode implicar também sintomas urinários como urgência urinária, dor e infeções urinárias recorrentes.
Tende a ocorrer mais frequentemente alguns anos após o término das menstruações e habitualmente agrava-se progressivamente com o decorrer do tempo.
INTERFERÊNCIA NO PADRÃO SEXUAL
O padrão sexual da mulher é o resultado de uma constelação de fatores individuais e relacionais. A idade e redução dos níveis hormonais têm um efeito negativo na função sexual e na qualidade de vida.
Um número significativo de mulheres refere uma redução na atividade sexual, com perda/diminuição do desejo e mesmo evicção sexual.
Podem também estabelecer-se após a menopausa perturbações do orgasmo e da excitação e, com maior frequência, dispareunia (dor
durante a relação sexual).
ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES
E METABÓLICAS
Hipertensão, aumento dos valores do colesterol, triglicerídeos e glicose no sangue.
CONSEQUÊNCIAS OSTEOARTICULARES
/OSTEOPOROSE
(dores articulares e perda de massa óssea)
A incidência de doença cardiovascular, a degeneração articular, a osteoporose e consequentes fraturas aumentam consideravelmente na pós-menopausa.
São condições provocadas por vários fatores e associadas aos hábitos de vida e envelhecimento, mas onde a carência de estrogénios tem um papel fundamental, principalmente nos primeiros anos após a menopausa acontecer.
Quando se comparam mulheres na mesma faixa etária na pré e pós-menopausa verifica-se que estas patologias são muito mais frequentes e sofrem significativo agravamento com a menopausa.
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